sábado, 10 de julho de 2010

A poesia
de Ferreira Gullar é
bendita e detestada
como a chuva
alvacenta e negra
como a noite

Ela é
nua e crua
como a verdade
simples e profunda
como uma pessoa humilde

Ela é
explícita e reclusa
como o olhar
do homem que come a
migalha do latão

É lacônica e ambígua
como as palavras
de uma mãe

É feia e bela
como a caligrafia
de uma criança...

Assim é a poesia
do antigo e novo Gullar!

BESTIÁRIO ALAGOANO Iremar Marinho: Melhores poemas que eu li

BESTIÁRIO ALAGOANO Iremar Marinho: Melhores poemas que eu li