sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Marinho do Nordeste




UM MÚSICO DA LITERATURA

Admirador de Elomar; simples, lírico e imaginativo,

Marinho do Nordeste faz a miscigenação da Literatura

Popular com a Literatura Brasileira. O Objeto de sua

criação não é apenas o texto em si, mas a respectiva

apresentação, com enriquecimento da estética musical. Faz

uso contínuo e espontâneo de construções fonéticas que se

enquadram perfeitamente às estruturas morfológicas

do erudito, conservando a essência do popular. Sua

principal característica é produzir e interpretar suas peças

com tempero clássico sem distanciar-se das raízes. Precioso

músico da literatura, é muito mais um cantador-cordelista

que um cordelista-cantador. Seu gênero musical tem

riqueza de ritmo/melodia associado ao valor do conteúdo.

Chega aos 50 anos mostrando que sua música não está

circunscrita ao gosto das camadas incultas do povo

frequentador das feiras, mercados e praças. Com sua

expressão poética além do comum, conquistou lugar de

destaque entre os nomes mais respeitados do meio. É

membro Titular da Academia Brasileira de Literatura de

Cordel – Cadeira 35. Vem sendo motivo de constante

atenção das escolas e universidades do Rio de Janeiro,

onde é considerado o mais expressivo nome nesta

modalidade da música popular. Em 2004, contatado por

George Israel, parceiro de Cazuza, em parceria com aquele

artista e a cantora Dulce Quental, participa da composição

e gravação da música Girassóis Azuis que integra a trilha

sonora da novela América – TV Globo,

gravadora Som Livre. (Prof. Sepalo Campelo)


Marinho Do Nordeste

O Cantador Renascentista


LITERATURA DE CORDEL

Voando baixinho vai com o vovô

Tanger passarinho lá na plantação

Ele é colega do camalião

Amigo do mico macaco leão

O meu papagaio se chama Zezinho

É muito engraçado fala direitinho

Ele foi gerado no oco do pau

De onde foi tirado pelo Lobo Mau

Zezinho nasceu no pé de angico

A mamãe lhe dava comida no bico

Era mês de março quando o caçador

Entrou no ninhal e o encontrou

LITERATURA DE CORDEL